Então fecho meus olhos...
Transporto-me.
Sem culpa.
Uma viagem lúdica.
Ninguém por perto.
Somente eu...
E meus pensamentos.
No alto de uma cordilheira...
Aqui não existem conflitos.
Uma tempestade está por vir.
Sinto o vento.
A visão de um vale.
Fortemente iluminado pelos clarões dos relâmpagos.
Neste céu enraizado de energia.
Silêncio profundo.
Quebrado apenas pelo ronco dos trovões.
Atiro-me...
No mais puro, profundo e cristalino lago.
Emerjo.
Atravesso.
Lanço-me em uma trilha rumo à floresta.
Uma serenata astral toma conta da noite.
Tudo é vivo.Agora o vento já é mais forte.
Já sinto cheiro da terra molhada.
A chuva chega.
Um banho n’alma, descarrega-me.
Redemoinhos em folhas secas cruzam meu caminho.
As gotas grossas estalam ao cair.
Só vejo ao longe, um casebre.
Chego.
Adentro-me a varanda, vou desfazendo-me das roupas molhadas.
No interior da casa, simples, uma lareira.
E na pequena chama que resta, lanço meus problemas, levantando o fogo e aquecendo-me.
Nas paredes da sala, quadros antigos, recordações de uma vida passageira.
Na cristaleira, toda a pureza de minhas conquistas mais delicadas.
A água chia, borbulhando nas bases do fogão à lenha.
Logo, o cheiro do café, toma conta de toda a casa.
Vou para o meu quarto.
Uma pequena lamparina dá forma às sombras.
Deito-me...
Aconchego-me.
Penso no Mundo.
E em tudo que poderia ser feito...
Em como o povo perde tanto tempo, flagelando-se.
Quando a maior felicidade está nas coisas simples.
Apenas “Ser” e “Sentir”.
Elevo-me.
Pego no sono.
Sonho.
Com um Mundo melhor e mais Humano.
Concentro-me para encarar a realidade.
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