E no Mar das desilusões navego...
Só.
Uma tempestade de senso comum assombra-me.
Ondas gigantes de opiniões jogam-me contra os rochedos da normalidade.
Os faróis da esperança agora são ofuscados pelas neblinas da descrença.
Uma procela desvairada de saberes padronizados.
Não abato-me.
Não descansarei.
Ainda que o sono da tristeza consuma-me...
Navegarei em busca de terra firme, longe de opiniões e apontamentos.
Seres bizarros circundam minha embarcação.
Perscrutam meu corpo, meu velejar.
Barco de sonhos.
Não há ancoras.
Não posso parar.
Nesta Vida sem estrelas...
Minha bússola é minha fé.Os ventos da discórdia preenchem minhas velas.
Minha orientação é minh’alma.
Meu objetivo é meu foco.
Nesta imensidão de vazio, neste Mundo gélido, tenho apenas meus sentimentos para aquecer-me.
Precipícios inimagináveis surgem a minha frente...
Não existe nada tão profundo que eu não possa emergir.
Canto às almas submersas que um dia as bestas feras as fizeram Soçobrar ou desfazer-se no mar.
Nada, nem ninguém far-me-á calar.
“Achismos” não desnortearão meu leme.
Tenho o temão sobre controle.
Superarei qualquer intempérie.
Minha carta traçada pelo coração aponta-me um norte de idéias.
Desacreditadas pela humanidade naufragada.
Navego contra as correntes da deturpação.
Nesta tormenta mundana.
Ninguém vaticina meu viver.
Por mais persuasivo que sejas.
Separo mentalmente uma parte de um todo para a considerar independente das outras partes.
Almejo calmaria, ainda que inóspita.
E no Mar das desilusões navego...
Ascendo-me em meus pensamentos...
Pressinto vitória tão breve...
Um porto seguro aguarda-me.
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