segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Solidão...

11/08/2009, 00:15h.

Ausento-me deste sofrimento.
Quero meu canto e minha hora...
Meu tempo.

Ausento-me para o Mundo...
Para o Mundo ausente.

Mergulho no silêncio.
Existe uma batalha constante, onde ninguém percebe.
No meu "Eu".

Onde não basta gritar...
Esbravejar...

Apenas o silêncio.

Mas o Mundo não percebe.

Critica...
Humilha...
Menospreza...

Sigo sozinho.
Comigo mesmo.
Eu e Eu.
Sereno...

Quero crescer...
Compreender...
Ajudar...
Ajudar-me.

Preciso de tempo.
Para mim mesmo.

A vida corre.
E é preciso concentração.
Mas como seguir, refletir neste caos generalizado???

Idéias formadas...
Metas...
Objetivos comuns que ultrapassam valores.
Visões materialistas...
Prazeres banais...

Meu caminho traço eu.
E é preciso muita calma.

O inimigo é astuto.
O inimigo é calculista.
O inimigo é minucioso.

Não posso subestimá-lo.
Muita calma...
Compreensão...
Na hora certa com as ferramentas certas.
Preciso conhecer-me.
Saber do que posso.
Saber do que sou capaz.

Uma batalha constante.
E o Mundo teima em banalizar.

Princípios esquecidos.
Valores deturpados.
Consumismo...
De carne e almas.

E eu sigo sozinho...
Reflexivo...
Sou meu maior obstáculo.
Os demais são irmãos.
Que precisam de ajuda...
Auxílio...
Atenção.

Quero seguir...
Preciso seguir.

A solidão és minha Orquestra.
Tenho de ouvir a noite.
Aprender com meu caminho.
Superar-me.

Sigo às margens.
Na hora certa, mergulho...
Tenho de estar pronto para retornar.
A maioria perdem-se.
Mergulham para nunca mais voltar.

Eu não...
Se vou, tenho de retornar.
Este é meu caminho.

Solidão és minha inspiração.


Preciso de meu canto.
Minha hora.
E assim, sigo.
Peregrinando...
Vivendo...
Aprendendo.
E acima de tudo, respeitando.

O canto da Coruja alerta-me.
Não estou sozinho.
basta perceber.
Concentrar...
Ver...
Ouvir...
Sentir...

Ali está!!!

As respostas para as nossas indagações...

Inquietações...
Distúrbios...
Desequilíbrios.

Mas neste Mundo está difícil.
É preciso buscar na alma.
Entregar-se...
Romper os laços da carne.
Resgatar a pureza.
Conhecer.
Conhecer-se.
É preciso Paz.
De Corpo e Espírito.
E o Mundo estarás resolvido.
O inimigo tens a cara que tu pintas.
Salvemo-nos de nós mesmo.

E a noite não és tão sombria.
É preciso estar preparado.
É preciso compreender.

Os mistérios da Vida.
Os mistérios de estar vivo.

Sou do Mundo...
Mas tenho o meu tempo.
A solidão faz-me crescer...
Faz-me pensar.
A solidão és minha forma de pensar.
Solidão em prosa...
Em poesia.

Por mais que exista apenas eu.
Nunca sinto-me sozinho.
Apenas eu...

Neste Mundo acelerado...
Desacelero-me...
Mas nunca paro.

Um comentário:

  1. Nossa, apesar de melancolico, achei muito lindo este poema.. parabens!!!

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